sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Paninho amigo ou Objeto de Transição


Trabalhei até o último dia da minha gestação, meu último dia foi numa sexta-feira (pra fechar a semana) e Davi surpreendentemente adiantando um mês (esse meu ariano apressado viu!), nasceu na segunda-feira (pra começar a semana).
Minha licença maternidade foi os 04 meses, ou seja, quando voltei para o trabalho, ele estava com 04 meses de idade, pitico de tudo.
Lembro da minha preocupação e dó no coração de já ter que deixar aquela coisinha pequenininha tanto tempo longe de mim. Lembro também da minha preocupação de ir preparando ele pra esse dia que ficaríamos separados por horas, conversava com ele, e explicava que a mamãe precisaria voltar a trabalhar, que seria para não faltar nada pra ele, que morreria de saudade e que não veria a hora de chegar e enchê-lo de beijos, que as horas passariam rápido, mais que era pra não se preocupar pois ele ficaria com a vovó que o cuidaria com todo amor do mundo, que a mamãe o amava mais que tudo na vida.... e toda aquela babação de mãe, rs!
Besteira ficar explicando tudo isso para um bebê de 03 meses na época, que não entende nada do que você está falando?
Claro que não é besteira, um bebezinho entende sim, e sente tudo o que acontece ao seu redor, mesmo não compreendendo minhas palavras, eu sei que toda aquela conversa estava sendo gravada no seu subconsciente, a resposta pela minha ausência, e ele estava sentindo o que iria acontecer, mais o fato de explicar me tranquilizava o coração e ele também sentia isso, um clima de tranquilidade e muito amor.

Pois bem, você deve estar se perguntando o que essa história toda tem a ver com o título do post?
Explico:

É que nesse mesmo período, começamos á notar que toda vez que colocávamos ele deitado na cama, ou no berço, ele se agitava um pouco dando a impressão que procurava algo, e num belo dia sua mãozinha achou um pedacinho do lençol e vimos sua reação de segurar aquele pedacinho de pano e colocar o dedo na boca,  era nítido a sensação de aconchego e tranquilidade que aquilo lhe causava.
E partir de então, Davi passou a ter um paninho amigo.
O paninho não pode faltar, principalmente quando bate aquele cansaço e soninho, se não quizer ver o menininho irritado, dá o paninho pra ele...
E o barato é ver a cara de felicidade que ele faz ao avistar um, ainda bem que ele não tem um único paninho preferido, fazemos um rodízio pra termos a possibilidade de quando um estiver sem condições de uso, substituir por outro novinho e cheiroso.
Não tive a preocupação te tentar tirar essa mania dele, se eu via que aquilo lhe tranquilizava, porque proibir? Sempre achei que aquilo tudo fazia parte do seu desenvolvimento natural, e naturalmente também ele irá deixar o paninho, mais sem forçar a barra, na hora dele.

Daí me surgiu a curiosidade de saber o motivo que o levara á ter essa mania do paninho, queria saber o motivo emocional daquilo tudo, e eis que pesquisando na internet, descobri que esse paninho nada mais é que um Objeto de Transição, assim chamado pelos profissonais da área psicológica, é um meio de substituir a ausência da mãe.
E isso tudo começou depois das nossas conversas da mamãe ter que voltar a trabalhar... tá vendo só como os bebês entendem sim!

"- Maneira de substituir a ausência da mãe"... eita frase que sempre me cutuca e faz a neura e a culpa de mãe surgir , mais isso já é assunto pra outro post.

Nas minhas pesquisas pela net á fora, achei vários textos com explicações bem bacanas, e um deles segue á baixo.


Objeto de transição: o brinquedo preferido das crianças

Provavelmente, seu filho tem (ou já teve) um objeto que carrega para todos os lugares: um ursinho de pelúcia, um boneco, uma fralda, um paninho ou um pequeno cobertor. Chamado de transicional, ele representa um conforto para a criança, que se apega principalmente durante momentos de angústia, medo ou tristeza, como na ausência dos pais.

Essa relação de apego é manifestada desde cedo. "No primeiro ano de vida, a criança se liga a esses objetos como forma de conseguir suportar a ausência materna. É como se aquele paninho ou bichinho representasse uma parte da mãe que fica com a criança quando ela está longe", explica a psicóloga Ana Carolina Takenaka Medeiros, supervisora da Brinquedoteca do Hospital Israelita Albert Einstein. "No geral, este brinquedo está associado à rotina de dormir e elas não gostam que eles sejam substituídos e nem mesmo lavados", afirma Ana Carolina.

A criança pode escolher o objeto por conta própria, mas no geral, essa ligação é estimulada pelo pai ou pela mãe. "É comum os pais deixarem um ursinho ou uma fralda com o filho antes de eles saírem para o trabalho, por exemplo", explica Rita Calegari, psicóloga do hospital São Camilo. Mais tarde, a criança carregará esse brinquedo (ou outro que tenha escolhido) para onde for. "É com o ursinho que ela conversa, desabafa e exercita o imaginário. É uma relação de amor incondicional e bastante saudável, pois ajuda a criança a sair de uma fase para outra de maneira segura e confortável", diz Rita.

Não há uma idade certa para que a criança se desligue do objeto de transição. Para algumas, isso acontece por volta dos 3 anos de idade; para outras, mais tarde, por volta dos 5 anos. "É preciso observar se a criança não está deixando de participar de atividades coletivas para brincar sozinha com esse brinquedo, se só realiza as atividades agarrada a ele ou se não quer deixá-lo com uma idade mais avançada. Nestes casos, o objeto de transição perde sua função inicial", explica a psicóloga.

E se o seu filho nunca se apegou a nenhum objeto? Saiba que esse não é um motivo de preocupação. "Pode ser que a criança descubra outras maneiras de se acalmar e se acalentar, como por exemplo, acariciar seu cabelo ou brincar com os dedinhos das mãos", explica Ana Carolina. (Fonte: Revista Crescer)



Lembrete: Por falar em paninhos, preciso providenciar uns novos.

Meu ursinho e seu amiguinho inseparável!

Recado para as mamães:

Já está no ar um blog onde você pode achar todos os blogs maternos num só lugar, achei a idéia genial, pelo fato desse mundo da blogsfera ter atingido proporções gigantescas, já são mais de 700 blogs maternos espalhados por esse mundão.
E como elas mesmas disseram, Roberta e Flávia as criadoras do blog,  "O que era uma pracinha virou um conglomerado de mães, filhos, fraldas, peitos. O que era um bate papo despretensioso virou polêmica, bandeira, revolução. Crescemos e aparecemos."

E já tem sortei lá também, e é claro que eu estou participando do sorteio de lançamento do Minha Mãe que Disse!

Passa lá pra conhecer!
Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Larissa Xavier disse...

AQUI EM CASA TBM O PANINHO SEMPRE FOI O APEGO DA GIGI DESDE PEQUENINA, HOJE ELA TROCOU O PANINHO POR UMA ALMOFADINHA, MAIS FICA BEM SEGURA QDO ESTA COM ESSE...

Nanci disse...

Menina, que história legal! A minha Alana não teve paninho, mas eu não voltei ao trabalho, até pq não estava trabalhando na gravidez, enfim, não houve separação, nem paninho. Alana é bem desprendida de qq objeto, e isso é bom (ou não, não sei). Amei sua visita, senti seu abraço e sua sollidariedade. Pra me seguir clica no SEGUIR logo no começo do blog á direita. Se não aparecer entra no blog pelo Firefox, pq o Explorer dá umas falhas de vez em qdo, desde a reforma do blogspot. Ficarei bem feliz com mais uma seguidora. Enquanto isso vou fuçar mais um pouquinho seu blog pra te conhecer melhor e to te seguindo. Beijos e até.

Nanci disse...

Acabei de descobrir uma coisa sobre o gadget SEGUIR. Ele só aparece se vc entrar no blog, não num post específico. Se a gente entra num post específico e comenta o gadget some. Se entrar no blog sem escolher nenhum post ele some. De repente foi por isso que vc não consegui clicar no seguir. Enfim, se quiser tente de novo, ficarei muito feliz. bjs
P.S. Davi é muito fofo, parabéns!

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